Voltamos a apanhar a recta longa que referi ao início e à chegada de Maiorca viramos para a
Serra de Castros (cof cof QOM cof cof
). A subida era bastante acessível, ~2 kms a 4% com uma zona de 7% pelo meio, mesmo ao meu jeito
Antes de virar para a subida avistei, pela segunda vez durante o percurso, uma embalagem de gel/barra energética vazia no meio da estrada. Não percebo…
Chegados à entrada da Figueira viramos a norte para encarar a última subida do dia, a
Serra da Boa Viagem. Mais uma vez, uma subida como eu gosto, longa e com pendente baixa, ~7 kms a 3%, os primeiros 2,5 kms eram a 5%.
Como referência, até este ponto, o meu irmão fez todas as subidas mais rápido que eu. Ora, ainda nem tínhamos chegado a meio e eu começo a estranhar ele ir atrás de mim… Depois também comecei a estranhar o silêncio… Olho para trás e não está lá ninguém! Fiquei espantada e coloquei logo vários cenários:
- furou
- saltou a corrente
- partiu a corrente
- caiu
- um carro bateu-lhe
Continuo a pedalar e também a olhar constantemente para trás. Ao fim de algumas curvas e contra-curvas lá o consigo avistar. Vinha com uma pedalada forçada e com um ar cansado. Parei para esperar por ele...
Eu: “Então, o que é que aconteceu?”
Ele: ”Epa, esta subida é horrível!”
Eu: ”Hein?! Estás a gozar, esta subida é uma cagada! Isto nem sequer é inclinado! Estás na mais leve? Bota cadência nisso!”
Ele: ”Não dá. Estou todo rebentado. Pensei que era para seguir em frente em direcção à meta, depois viraste à direita e começaste a subir. Eu pensei logo, o que é que ela está a fazer!!!! Esta porra nunca mais acaba!”
Eu: ”Então mas tu não olhaste para o GPS? Não viste que ainda faltavam 15 kms? Claro que não era para ir em frente. Eu disse-te que íamos ter de subir a serra para ir ao miradouro.”
E pronto, ele lá foi a morrer subida acima e eu ainda tive de parar mais duas vezes para esperar. (Fiquei um bocado lixada porque podia ter sacado QOM lolol). O que vale é que a última paragem foi numa zona com vista para a Figueira e uns metros à frente havia um café onde ele comeu um bolo e bebeu um leite com chocolate.
A última parte da subida era muito mais soft e valeu bem a pena ir até ao miradouro que dava para as matas nacionais!
Depois foi descer até Buarcos e seguir para a meta. O piso da descida estava em mau estado, mas também foi da maneira que deu para apreciar melhor a paisagem e ainda parámos outra vez para a foto.
Na chegada a Buarcos havia uma zona em obras e tinha de se fazer um desvio que não estava previsto no percurso do GPS. Andámos lá um bocado às voltas, meio perdidos, até que acabámos por fazer uns 50 metros em sentido contrário para ir dar à recta final.
Na meta estava uma rapariga da organização a entregar as medalhas de
finisher e outra a tirar fotos (ainda não colocaram no facebook). Dentro do pavilhão havia bifana no pão, batata frita, bolinhos de coco, água, sumo e cerveja, tudo à descrição. As bifanas estavam muito boas e deu basicamente para almoçar.
E pronto, assim terminou a Clássica. Pouco mais de 100 kms em 6 horas certinhas (inclui 40 minutos parados).
Adorei todo o percurso, só ali entre a entrada para a Figueira e o início da subida para a Serra da Boa Viagem, é que havia mais carros. No resto do percurso acho que passei por mais tractores do que carros! Paisagens fantásticas, piso em bom estado e subidas para todos os gostos.
A organização está de parabéns, especialmente considerando que se tratou de um evento gratuito. O ficheiro .gpx fornecido tinha a localização de fontes e pastelarias/cafés e ainda tiveram o cuidado de colocar avisos para curvas apertadas e as saídas nas rotundas. Ao longo do percurso também foram colocadas setas para os mais distraídos não se perderem.
Sem dúvida que conto repetir a Clássica nos próximos anos, tenho é de ver se meto o meu irmão a andar como gente grande.
Volta (inclui mais algumas fotos):
https://www.strava.com/activities/966183325