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BMC SLT01 Team Machine - Queijo, vacas, relógios, montanhas e a rebeldia helvética!

duchene

Well-Known Member
Re: Prestando provas

A máquina utilizada foi uma Canon Ixus 130 IS.

O purple fringe é perfeitamente normal, já que se trata de uma situação limite: Um motivo branco numa zona de alta luz. Mas como o interesse eram os travões optei por expor nessa zona e deixar "estourar" o topo do quadro.

Mais normal ainda porque a máquina é uma compacta digital e portanto mais sujeita a este tipo de aberrações cromáticas.
 

tunes

New Member
Re: Prestando provas

Sao muitos anos a assar frangos sem os deixar queimar, para se fazer uma montagem destas!!!
É um prazer, vir aqui ate este forum e ver este tipo de montagens, que os nossos amigos duchene, nogueira.nuno e alnm fazem. Uma verdadeira demonstração de sabedoria do mundo das bicicletas. Nota-se que por detras destas "obras de arte" esta muito trabalho de casa, ou seja, muitas horas de pesquisa, de estudo.
Parabens a todos voces.

Agora uma pergunta: como fizeste a montagem?passo a explicar: compraste o material, encomendaste directamente ao artesao, foi feita em portugal?
Nao tenho a certeza se ja respondeste a esta questao nuns topicos atras mas se sim, nao a encontro.

Forte abraço
 

tranquilo

Active Member
Re: Prestando provas

Duchene, obrigado pela resposta. Acho que vou ter mesmo de começar a pensar numas rodas novas.
Em relação ao travão, tu não gostaste deste??
negativeg.jpg



Abraço
 

duchene

Well-Known Member
Re: Prestando provas

@tunes
Obrigado pela parte que me toca. Apesar de ainda ser novato nestas coisas da estrada, tenho alguma curiosidade e vou absorvendo o máximo de informação que posso daí, volta e meia, sair-me com estas maluquices. E pode ser que um dia se consiga juntar as 3 máquinas aí numa voltinha! :D

Quanto à montagem, presumo que te refiras às rodas. Os componentes foram discutidos e encomendados ao artesão que depois se encarregou de fazer as compras e a montagem.

@tranquilo
Quando referiste os NG personalizados até pensei que falavas na versão "hardcore" com um braço vermelho e o outro preto. Na verdade estou a tentar colocar o máximo de componentes pretos removendo todas as outras cores anodizadas pelo que não seria uma opção personalizar da forma ilustrada. Agora virei para este lado mais minimal. Senão tinha começado logo o festival com os cubos em vermelho...

Só é pena ainda não existir preto anodizado de qualidade, no titânio, senão já tinha uma série de coisas para trocar... e pode ser que a SRAM lance o Force em versão preta para eu ser um tipo ainda mais feliz!

Como já tinha dito algures, o quadro só por si faz a festa toda, não precisa de banda de suporte...
 

paradawt

Moderador
Re: Prestando provas

Subscrevo totalmente as palavras do tunes!

É que acima de tudo também nos abrem portas para essa informação.

Abraço
 

joao49

Member
Re: Um novo projecto pessoal

sinceramente tambem gostava de uma explicaçao..isso e algum conjunto de etapas pra 2011??
aproveito pra dar os parabens pela bike..esta muito bonita..nao sou muito adepto desses travoes mas nao lhes tiro o merito..o resto ta excelente,o quadro e lindo,ate consegui que um amigo meu comprasse um :) mas branco e preto..parabens
abraço
 

ALNM

Member
Re: Um novo projecto pessoal

Não sei porque é que o Duchene colocou isto neste tópico mas o Tour de Force é um passeio de bicicleta em memória das vitimas do atentado do 11 de Setembro em Nova Iorque. O objectivo é recordar as vitimas do atentado e angariar fundos para os familiares dos policiais mortos no combate ao terrorismo.

Este ano a partida será no dia 8 de Setembro em Nova Iorque e juntará ciclistas dos EUA, Canada e Europa que, ao longo de 4 dias, pedalam até ao Pentágono.
http://tourdeforceny.com/
:cool:
 

SLM

New Member
Re: Um novo projecto pessoal

Já tinha sido falado noutro tópico (penso) a abertura de um blog com o relato das aventuras do duchene. É isso? Sendo assim,tendo em conta a quilometragem e altimetria das tuas saídas, não podia ter pensando num nome mais apropriado. Não contrariando o ALNM que está correcto na informação que passou como facilmente se percebe pelo link :D, "Tour de Force" é uma (força de) expressão . O seu significado certamente será desvendado pelo duchene num dos seus longos e meticulosamente escritos posts destinados à apresentação do projecto (já te estou a cravar o post, mas a culpa é tua, que nos habituaste mal : D)
 
Last edited:

duchene

Well-Known Member
Re: Um novo projecto pessoal

Mea culpa no facto de não ter acrescentado uma descrição à imagem. Estava de directa precisamente para dar mais um bom adianto aquele que era um dos projectos que tinha vindo a adiar em 2010, mas que me comprometi a começar nos primeiros meses de 2011: um blog pessoal sobre as minhas saídas de bicicleta.

Não pretendi inventar a pólvora, uma vez que Tour de Force é a designação, nomeadamente de:
· Um atelier londrino de alta costura
· Um evento que faz uma caravana amadora percorrer algumas (ou mesmo todas (3600km) no caso dos mais capazes) etapas do Tour de France
· O evento ciclístico e memorial do 11 Setembro 2001

No entanto, tradução feita, a expressão Tour de Force significa a excepcional superação de um objectivo ou empresa complicada. Por isso, mesmo não sendo único, o nome não deixa de ser distintivo e assenta como uma luva no projecto que pretendo levar a cabo.

Em traços gerais o blog será um "semanário" das minhas saídas a pedal, onde poderei fazer um registo aprofundado como sempre mas, sobretudo, muito mais organizado, de todas as voltas "especiais" que vou dando. E isto aplica-se tanto à estrada como ao BTT. Muito naturalmente o enfoque do blog gira em torno de dois vectores que sempre considerei primordiais: a fotografia e a qualidade dos textos publicados. Por isso acredito que no global o blog se venha a revelar um bom referencial dentro do género.

Tour de Force igualmente como registo das modificações e reacções da BMC ao longo do tempo e, porque não, para registar a minha própria evolução. Este ano promete capítulos interessantes nesse aspecto e gostaria bastante de os documentar numa plataforma mais pessoal.

Não estará, como é óbvio, em causa a colocação desses conteúdos aqui no fórum até porque estando os textos prontos e as imagens processadas para o blog, mais fácil se torna a tarefa de colocar por cá.

Neste momento estou a ultimar os pormenores finais a nível de estrutura, a que se seguirá uma fase mais intensa de testes e de movimentação de conteúdo com vista ao passo final, que será a migração para o alojamento definitivo e a colocação on-line.

Por isso, conto que nas próximas semanas já existam novidades que apresentarei depois em local próprio.

Para já ficou o teaser...
 

fogueteiro

Active Member
Re: Um novo projecto pessoal

Eu sou mais um pronto para ler. Venha ele. Nunca me dediquei a esse tipo de coisas mas, analisando bem a ideia, também já tem algum tempo. Tenho que me modernizar.
 

65 cooper s

New Member
Estou muito curioso para o que vem aí. Sendo eu também um aficcionado por fotografia, gostaria de saber principalmente como consegues aliar o treino ao simples prazer de rolar, é que por vezes o treino torna-se uma obsessão, ficando de lado o prazer de tudo o que gira à nossa volta.

Lembro-me numa maratona em Mortágua, onde me perguntaram no final se tinha gostado da ponte por onde tinha passado, eu respondi-lhes, " mas que ponte?"
 

duchene

Well-Known Member
O blog está um pouco atrasado porque o tempo não tem sido muito... mas sem pressa, o fórum continua a ser um óptimo local para colocar os relatos das voltas.

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Vamos então fazer aqui um pequeno parêntesis de off-topic acerca do treino.

A questão do treino é, tal como a forma de estar de cada um no ciclismo, algo puramente pessoal. Por isso, o que te posso dar é a minha visão das coisas e a forma como encaro o que faço, sempre que subo para a bicicleta. São por isso as minhas ideias, os meus preconceitos e, não os querendo impor a ninguém, são os pressupostos que vou seguindo ao longo destes anos de boas pedaladas.

Verdade universal no meu mundo: Não pedalo por sistema. Não consigo, não gosto, não tenho paciência para seguir planos de treino e, assumo, não faço muito esforço para isso. Pedalar tem de ser um prazer e não uma obrigação. Não me vejo a ter vontade de ir passear mas sair de casa para fazer séries perfeitas de fartlek nem me vejo a recusar uma jantarada com os amigos porque tenho de controlar o que como para me manter com o IMG "X" ou o peso "Y" .

Se me apetecer pedalar durante a semana, pego num dos meus circuitos de 30, 40 ou 50Km e lá vou eu girar as pernas. De igual forma, se me apetecer apanhar uma barrigada no Tatana ou no Sapo e mandar a bicicleta à fava, faço-o sem nenhum tipo de peso na consciência. E não raras vezes, muito por culpa das imposições profissionais, acabo por não sair durante a semana. Mas nem por isso baixo a fasquia para a volta seguinte.

Muitas vezes, por uma questão prática, refiro-me às saídas semanais como treinos. Mas na verdade não treino para nada. Até porque para o meu perfil de voltas, longas distâncias e muitas horas em cima do selim, não são treinos de hora e meia que vão produzir resultados palpáveis.

O que faço é queimar algum stress, sem nunca pensar em ciclos, séries ou algo que tenha a ver com planificação. Vou ao ritmo em que me sinto confortável nesse dia e esforço-me por melhorar os pequenos desafios que volta e meia apanho, como a subida da Assunção ou da Agrela ao cronómetro. Forço um pouco mais naquela recta ou invento naquela subida que nunca experimentei. Sei gerir o esforço consoante a pulsação, articulo isto com a cadência e pronto. Deve ser esta a forma mais avançada de gestão de treino que aplico.

Claro que compreendo os fundamentos, conceitos e benefícios do treino regular, orientado e controlado. E não deixo de admirar quem tem preocupações e disciplina para treinar como um atleta. Se eu tivesse essa disciplina, provavelmente a esta hora podia ter menos 10Kg, uns gémeos de fazer inveja e um poder de explosão 5x maior.

Mas para esses resultados teria de condicionar a minha rotina de uma forma que não me traria mais valia evidente. O que me interessa andar mais rápido, subir mais depressa e aguentar mais ácido láctico se não utilizo nenhuma dessas características nas minhas voltas?

Como já se escreveu no tópico dos percursos no Porto, na estrada ando a gasóleo... agrícola. Devagar, com eficiência e sem grande exuberância. Sou castigado com uma dose tolerável de sofrimento mas é também dele que retiro algum do prazer de pedalar. O topo ao fundo da rua deixou de ser interessante a partir do momento em que o ultrapasso com facilidade. Da mesma forma, qualquer uma das árduas subidas que já me fizeram deitar os bofes pela boca deixará de ter piada quando não custar a fazer.

O meu interesse é, cada vez mais, apurar a endurance e ignorar a velocidade pura. Aliás, a velocidade apenas me interessa na medida em que quanto mais depressa andar, mais quilómetros consigo fazer com luz do dia e, portanto, mais coisas bonitas posso ver.

E apuro a endurance com naturalidade a cada saída que planeio. E com tanta naturalidade que só semanas depois tenho noção de que em determinada volta ultrapassei obstáculos consecutivos de dificuldade elevada. Não porque tenha essa obsessão. Mas porque tenho um determinado grau de exigência na escolha das voltas que me leva a procurar a novidade, que vem de mão dadas com a dificuldade. E também porque sei que, atrás da dificuldade se esconde o prazer maior que retiro do ciclismo.

Presunção? Longe disso... especialmente porque há aqui colegas de fórum que realizam empresas ainda mais notáveis e que me deixam genuinamente invejoso, perante os feitos atingidos e os locais visitados. E muitos deles são referenciais para as voltas que vou dando.

Por isso, para mim não se trata de chegar rápido de A até B. Para mim trata-se de chegar de A até B passando por C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y e Z.

E faço por aproveitar e apreciar cada bocadinho da viagem...

O que o percurso tiver para me oferecer, ou o que me quiser atirar, lá terei de aceitar e ultrapassar. Não me adianta ser metódico em treinos perto de casa, quando procuro o incerto e o inesperado quando vou para longe...

Preciso por isso de um mínimo de preparação física como é natural. Essa já a vou tendo e vai-se apurando lentamente. Não comecei a fazer 150Km logo desde o primeiro dia mas quando tive de os fazer já tinha construído a base necessária ao longo de voltas de distância incremental. E quando me lancei para os primeiros 200 já tinha os 150 bem cimentados e assim será quando decidir atacar a barreira psicológica dos 250Km. Tudo tem um tempo e quando o tempo chegar, a preparação - que afinal de contas é feita no terreno - há de vir ao de cima.

Mas, cada vez mais, o que me interessa treinar é sobretudo a cabeça. E a cabeça treina-se in loco! Treina-se a meio da subida de 30Km, treina-se quando faltam 100Km para chegar a casa e há um momento em que as forças falham, treina-se durante o pico do calor e treina-se quando tenho os pés gelados. Até se treina nas descidas, quando normalmente as pernas têm um pouco de trégua. Porque é a cabeça que manda e no meu caso a cabeça manda sempre terminar e levar as coisas até ao final. Se não for mais depressa, será mais devagar. É isso que me move: Pensar em grande, executar e completar. Mas até nisso ainda sou um puto... e olharei sempre com admiração alguns exemplos de extraordinária força mental, como um relato que li há uns tempos de um ciclista que fez os 1200km do Paris-Brest-Paris numa bicicleta de carreto fixo! E são esses exemplos que me motivam e que me fazem olhar para o ciclismo desta forma própria.

Isto leva-nos ao ritmo a que as coisas se passam durante as minhas voltas. Quantas vezes paro durante uma volta de 150, 180 ou 200km? Dezenas! Paro para olhar para a paisagem, paro para tirar uma fotografia, para para tirar mais 5 fotografias, paro para comer qualquer coisa, paro na mercearia perante o olhar de espanto da velhota que me vende 3 ameixas. Subo devagar e a olhar para o lado, tento absorver o máximo possível daquilo que me rodeia e treino a cabeça a cada quilómetro para ir buscar energia para mais. As pernas, mais depressa ou mais devagar, acompanham as exigências.

Quando vou fazer essas distâncias não vou em nenhuma competição. Se demorar mais 2h a chegar a casa qual é o problema? Desde que olhe para o que fiz e fique satisfeito...

Em suma, a minha abordagem é completamente despreocupada, porque não há motivo para ser de outra forma. Tenho à minha volta demasiados exemplos de malta que vive obcecada com os treinos de terça e quinta, com a suplementação, os BCAS, os MegaPowerRecoverWhey e o camando, preocupados em fazer voltas de fim-de-semana a fundo com médias altíssimas e em pedalar como se o mundo acabasse amanhã. Respeito profundamente, mas dispenso bem essa pressão.

Por isso, se achas que preocupação com o treino e com o manter certos standards de rendimento te está a retirar o prazer de pedalar por pedalar, está certamente na hora de fazeres alguma ponderação. Há um tempo para tudo e a vida não é só bicicleta...

Boas pedaladas!
 

fogueteiro

Active Member
Duchene

Assino por baixo. É exactamente essa a minha postura perante o ciclismo, e é assim que tenho tido o maior prazer em andar, mesmo andando 99% das vezes só.
 

mariz

Member
Precisamente. Eu não consigo ir pedalar porque apenas tem que ser. Quando saio para pedalar é porque naquele momento quero e me apetece e não porque é dia de treino ou coisa que o valha.
 

Figueiredo

Active Member
Parabéns duchene,

Gostei bastante de lêr o teu ultimo post, mas só consegues usufruir do ciclismo dessa forma se andares sózinho:(, pois em grupo é sempre mais dificil de conciliar, seja o percurso, a velocidade as paragens, etc...
Apesar de partilhar de tudo o que disseste acima, para mim vai ser sempre muito dificil usufruir na totalidade dessa forma de estar pois odeio andar sozinho na estrada:mad: se não tiver companhia quase de certeza que nem saio, o segredo está em fazer algumas cedências em prol de outras para que o balanço final seja positivo, pois andar por obrigação nem pensar...

Abraço e boas pedaladas!
 

Burning Dogma

New Member
Embora eu não subscreva a 100%, subscrevo a 99%;) A verdade é que começa a haver muito pessoal amador que leva o desporto como mais um stress na sua vida em vez de ser um anti-stress, com tanta planificação, treinos, suplementos, etc.
 

Fausto Coppi

New Member
Em grupo `e mais dificil andar assim quando os outros nao compartilham da mesma maneira de ver o ciclismo, quando se vai rolar com amigos " I wanna be Armstorng " ai torna-se complicado... nao se apreia, pelo menos para mim. Nao gosto muito desses andamentos acelarados.Gosto mais, peda-la ve a paisagem e aprecia o momento.
 
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