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Bike-fit

Matz

Active Member
Há na zona de Lisboa e no Norte dois da Retul, e outro um pouco diferente (que não só simula todo o tipo de componentes, como analisa a tua forma de pedalar, tipo um potenciómetro um pouco mais evoluído) em Coimbra.
 

vhugocosta

Well-Known Member
Não me registei para fazer publicidade a ninguém, mas para partilhar os poucos conhecimentos que tenho sobre o tema.

Ver pessoas a dar conselhos baseados em alturas, top tubes ou até fotos na bicicleta, sem saber quem está do outro lado, causou-me confusão...


Idem, definitivamente!!!!

@ruilebs não se trata de falar por códigos, no que a mim se refere, simplesmente não me sinto confortável para falar do que não sei, refiro me a métodos, avaliações, etc.. o processo como um todo das várias opções que existem no mercado e que estivemos a discutir. Poderia até partilhar a(s) minha(s) experiência(s), mas julgo que de certa forma já o fiz seja nestes post mais recentes, como anteriormente quando alertei que deveríamos ter algum cuidado ao escrever, por um lado explicando o melhor possível a experiência, de forma contextualizar o que foi feito, e porque razão assim aconteceu.

Agora, que equipamentos são usados pelas diferentes empresas?? Numa simples pesquisa consegues lá chegar..mas pega lá os que conheço.

Velofitsystem = RETUL s/simulador
Biketreino (?!?!) = RETUL c/simulador
Cyclos bike studio = Bikefitting
Projeto pedal = STT (?!?!)
 

Matz

Active Member
E qual o interesse do equipamento usado? Trabalha sozinho? ;)

Mas e se o equipamento fosse o mais importante, sabem as características de cada um? Se calhar haviam algumas surpresas...
 

ruilebs

Well-Known Member
Quando me referi a falar por código era o mencionamos locais sem dizer especificamente o nome... quando para muitos de nós era evidente de quem se tratava.
 

Matz

Active Member
Sendo assim, não há qualquer código :)

O objectivo do tópico, e da minha participação, é ajudar quem se sente mal na bicicleta, com dores, desconfortos ou dormências. E para o fazer, não há muito mais do que aconselhar a fazer um bom Bikefit. Andar a tentar adivinhar qual o problema da pessoa, se a bicicleta é grande ou pequena, não tem qualquer lógica.

E depois da pessoa perceber que a solução é apenas o bikefit, resta recomendar os locais existentes, e quem lá foi, tem toda a legitimidade para dar o seu feedback sobre o serviço.

No entanto, convém estar realmente informado sobre o que existe, sobre quem é quem, e o que faz. É muito fácil ficarmos (supostamente) satisfeitos com algo, e depois acabamos per descobrir que afinal até havia melhor pelo mesmo preço (ou até mais barato!).

Ao longo dos anos fiz 8 Bikefits, desde o sistema estático BGfit da Specialized (que foi uma banhada, daí a Specialized comprar a Retul), passando por gravações em plano sagital, aplicando uns ângulos num único frame (mais uma vez, sem resultado), até chegar a sistemas 3D, onde fiz 4 Bikefits em sítios diferentes, com sistemas diferentes.

Na primeira vez fiquei maravilhado! Uma semana depois fui fazer 350km e cheguei a casa agarrado ao corrimão das escadas, tais as dores num joelho. Um cleat mal posto, corrigido depois por mim após perceber o que estava mal, deixou-me com dores 3 dias e 2 semanas afastado das bicicletas. Afinal o sistema 3D não afinal cleats... Afinal o técnico pode fazer a diferença. E quando testei outra opção, o resultado foi completamente diferente, nova posição, cleats em sítios diferentes e é a posição que tenho até agora.

Isto para dizer o quê? Os Bikefits não são todos iguais e daí terem preços diferentes. Da mesma forma, lá porque existe um sistema 3D, não quer dizer que seja tudo igual, mesmo sendo o mesmo sistema, pois o técnico fará sempre a diferença.
 

NULL

Moderador
Staff member
Bogas, sem dúvida e as minhas desculpas. Não sou pessoa de fóruns e só me registei precisamente por causa deste tópico, após perceber que há aqui muita confusão...

Null, começando pelos sistemas, actualmente temos no nosso país Retul, Bikefitting.com e STT. Qual recomendava? Nenhum. Porquê?

É péssima política tomar uma decisão baseada numa ferramenta. Numa analogia simples, toda a gente sabe comprar uma rebarbadora, mas nem todos a sabem usar ;)

Apesar dos sistemas de captação de imagem serem um enorme salto tecnológico na área do Bikefit, pois passámos de algo estático para dinâmico, não concordo que retire importância ao técnico. Em alguns casos até penso que aumenta, como na colocação dos sensores. Se estiverem mal, todos os dados fornecidos pelo software vão ser incorrectos... Entre outras coisas.

Bom dia!

Quero desde já deixar claro que eu sou um leigo completo nesta matéria. A única e pouca experiência que tenho é como utilizador/cliente de bikefit. Daí a minha curiosidade e vontade de perceber mais a fundo esta matéria.

Segundo percebi nos sistemas dinâmicos o software lê todos os ângulos (ou pelo menos os mais importantes para a prática do ciclismo), e de acordo com os parâmetros que lhe foram introduzidos ele faz "check" ou "no". Isto é, se por exemplo o ângulo da tíbia/perónio com o fémur estiver dentro daqui que o programa considera aceitável é porque está válido, se não estiver haverá correcções até dar resultado válido. Esta condição aplica-se a todos os outros ângulos.

Tendo este sistema como base e partindo do princípio que o operador coloca os sensores no sítio exacto, a haver falhas serão do próprio programa, não? Eu sei que cada indivíduo tem uma fisionomia diferente, elasticidade, flexibilidade, entre outras coisas, mas no global os parâmetros colocados no software foram ajustados para o melhor funcionamento do acto da pedalada, certo?


Outra questão, os parâmetros variam significativamente de marca para marca? Isto é, entre os vários softwares há diferenças significativas de ângulos ou medidas?

A minha experiência baseia-se apenas em fikefit´s Retul, nunca fiz com outra marca.

Aproveito também para te incentivar à participação noutros tópicos do fórum... quem tem 8 bikefits feitos ao longo dos anos tem certamente muitas mais experiências de ciclismo para partilhar do que apenas sobre bikefits... ;)
 

Matz

Active Member
Exacto!

O algoritmo do software está assente em dados Biomecânicas, que em princípio foram estudados pelos especialistas de cada marca/sistema.

O grande problema a meu ver, é que é virtualmente impossível usar os mesmos parâmetros para um jovem, atleta de 20 anos, e para um sedentário de 60 com 30kgs a mais!

Daí que haja tantas más experiências mesmo com sistemas 3D, pois a dificuldade é afinal até onde se pode ir com o sujeito X, Y ou Z. E aqui o sistema não adianta de nada, entra o técnico.

E sim, há diferenças de 5 a 10° por ângulo de uns sistemas para os outros. O meu selim alterou 1,5cm em altura e eu estava nos ângulos pressupostos nos dois sistemas.
 

NULL

Moderador
Staff member
Exacto!

O algoritmo do software está assente em dados Biomecânicas, que em princípio foram estudados pelos especialistas de cada marca/sistema.

O grande problema a meu ver, é que é virtualmente impossível usar os mesmos parâmetros para um jovem, atleta de 20 anos, e para um sedentário de 60 com 30kgs a mais!

Daí que haja tantas más experiências mesmo com sistemas 3D, pois a dificuldade é afinal até onde se pode ir com o sujeito X, Y ou Z. E aqui o sistema não adianta de nada, entra o técnico.

E sim, há diferenças de 5 a 10° por ângulo de uns sistemas para os outros. O meu selim alterou 1,5cm em altura e eu estava nos ângulos pressupostos nos dois sistemas.

Boas!

Eu até acho que acaba também por ser uma questão de sorte e de adaptação. Eu conheço profissionais que quando fizeram bikefit com captação 3d nunca conseguiram estabilizar a posição. Voltaram a colocar tudo como "dantes" e siga para a frente. Não quer dizer que o bikefit tenha sido mal feito ou que o posicionamento não estivesse correto, basta que o atleta tenha feito dezenas ou centenas de milhares de quilómetros num posicionamento, mesmo que errado, que agora vai ter dificuldades para mudar para o posicionamento "certo".

Eu no meu caso em concreto posso dizer que numa bike de BTT fiz um bikefit e melhorei imenso a minha condição de pedalada. Numa de estrada, e com o mesmo sistema, fiz o bikefit e depois, já depois do bikefit e de umas centenas de quilómetros feitos, subi cerca de 1.5 a 2.0cm a altura do selim.
 

Matz

Active Member
Há quem note 1mm! ;)

Há dois tipos de ciclistas (e isto está descrito na literatura do tema), uns que mais cm menos cm é igual e outros que notam ao milímetro.

Depois entra a flexibilidade e neste caso, a interacção com o selim...
 

Matz

Active Member
Boas!

Eu até acho que acaba também por ser uma questão de sorte e de adaptação. Eu conheço profissionais que quando fizeram bikefit com captação 3d nunca conseguiram estabilizar a posição. Voltaram a colocar tudo como "dantes" e siga para a frente. Não quer dizer que o bikefit tenha sido mal feito ou que o posicionamento não estivesse correto, basta que o atleta tenha feito dezenas ou centenas de milhares de quilómetros num posicionamento, mesmo que errado, que agora vai ter dificuldades para mudar para o posicionamento "certo".

Eu no meu caso em concreto posso dizer que numa bike de BTT fiz um bikefit e melhorei imenso a minha condição de pedalada. Numa de estrada, e com o mesmo sistema, fiz o bikefit e depois, já depois do bikefit e de umas centenas de quilómetros feitos, subi cerca de 1.5 a 2.0cm a altura do selim.

Com o mesmo sistema no mesmo local (e mesma pessoa) ou com o mesmo sistema e noutro local?
 

NULL

Moderador
Staff member
Com o mesmo sistema no mesmo local (e mesma pessoa) ou com o mesmo sistema e noutro local?

Mesmo local, mesmo equipamento e pessoa diferente. :)

Mas eu no fundo até percebo o que aconteceu... e sou em parte responsável por isso.

Não sei porquê mas tenho o péssimo hábito de pedalar com o calcanhar levantado, ligeiramente em picos de pés. Durante o bikefit fui alertado várias vezes para baixar o calcanhar e lá fui fazendo um esforço para o fazer. O que é que aconteceu? Os parâmetros estavam perfeitos para a posição (calcanhar em baixo), o problema é quando eu vou para a rua e volto à pedalada normal, com o calcanhar em cima. Eu acredito que nessa posição reduz consideravelmente o ângulo do joelho, ora, para corrigir levantei a medida do selim e reduzi o recuo.

Um dia destes tenho que fazer novo bikefit para a bike nova... os meus joelhos (cartilagens) têm problemas há anos, tenho que ter cuidado...
 

Matz

Active Member
Mais uma prova de que um sistema 3D não é garantia de nada... É só uma ferramenta.

Na minha opinião o culpado não és tu, mas sim o técnico que te quis "obrigar" a algo que não era natural. O bikefit, no meu entender, deveria ter sido feito atendendo às tuas características, devia-te ser explicado o que fazer para teres uma pedalada melhor, e após o conseguires (treinar a técnica de pedalada leva muitos meses e há até quem não consiga), e só após o conseguires, se faria uma nova avaliação para "corrigir" a posição.

Quando se é "obrigado" a alguma coisa, nunca corre bem. Nem em Bikefits nem em nada na vida... Acho eu! Lol
 

vhugocosta

Well-Known Member
Eu consigo perceber diferenças de 1/2mm sem problemas.

A questão dos bike-fits é muito complexa, existem demasiados fatores (para além da competência do fitter e/ou equipamento) que influenciam o resultado final, como por exemplo o estado de forma naquele determinado momento, seja o peso, flexibilidade, etc; depois temos também a questão da verificação dos resultados, não é numa sessão de 10, 20 ou 30m em cima do rolo em que nós procuramos dar resposta ás perguntas e fazer "render o peixe" que vamos saber se realmente é aquele setup que está correto, daí a necessidade do serviço pós-venda nas semanas seguintes.

Como é óbvio, e como o @Matz referiu e bem na minha opinião, o primeiro bike-fit é aquela loucura, é a novidade, mais ainda quando chegarmos lá mal posicionados, pois quando é assim na altura em que saimos estamos completamente absorvidos pelas alterações, fascinados pelo processo e pelas melhorias e tal, porém as semanas seguintes é que vão ser decisivas nesse processo de verificação, e é aí quando chegam os ajustes definitivos.

Há tempos atrás ouvia um fitter de renome internacional a defender que um ciclista regular deveria fazer um bike-fit a cada 6 meses!!

Esta afirmação é pura verdade, e faz todo o sentido na minha opinião, o problema é que entra em choque com o contexto económico da maioria dos "ciclistas regulares" do nosso país.

Assim, para contrariar o anterior aconselho o seguinte:

Estejam atentos ao processo, façam as perguntas necessárias para perceberem o que foi feito e porque foi feito, e na eventualidade de depois de fazerem o fit acharem que podem melhorar ainda mais, ou precisam deste ou daquele ajuste, façam!! não tenham medo! Mesmo que depois de muitas alterações e afins tenham de voltar ao ponto "0" tudo faz parte do processo.

Ate ao momento só repeti um fit numa bicicleta devido a uma circunstancia muito particular; na generalidade sinto que saio dos fit's com excelentes bases, mas preciso sempre daquele ajuste ao fim de 5/6h ou algo do género.
 

Matz

Active Member
Apesar de não concordar a 100% na questão de ir experimentar alterações "por conta própria", subscrevo o resto do post na íntegra!
 
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